segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sem despedidas

Neste mês registro quatro anos da perda um primo, que também era portador de transtorno afetivo bipolar. Num processo doloroso e cheio de erros, e enganos, por parte daqueles que deveriam protege-lo, e conduzi-lo a um tratamento efetivo. Por um fim a própria vida, foi à única forma encontrada por ele para deixar de sofrer. Nesta ida sem despedidas, permaneceu a saudade, a tristeza, a culpa gerada pela ignorância, e algumas perguntas sem respostas. No seu quarto restam os livros que inspiravam alguns de seus pensamentos e dizeres, um porta retrato guardando uma foto com seu sorriso, e a lembrança de sua imagem, num dos locais em que ele permaneceu por mais tempo nos últimos dias. Que seu ato de desespero não seja julgado por aqueles que nunca enfrentaram tal dor. Que esteja finalmente em paz, onde quer que sua alma descanse.

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz


Charles Chaplin


Suicídio (do latim sui caedere), termo criado por Desfontaines, matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida. No Brasil, 4,9 pessoas a cada 100 mil morrem por suicídio. Os maiores índices são do Rio Grande do Sul (11 para cada 100 mil), sendo Porto Alegre a capital com maior taxa de suicídios (11,9 para cada 100 mil).  Fonte estatística: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/suicidio/suicidio.php